A história do jornal impresso e o futuro do jornalista

      Na quinta-feira da semana passada (20), nossos professores, Fábian e Pellanda, apresentaram a história do jornal impresso. Oriundo da criação do papel pelos chineses, datada em 123 antes de Cristo, e da prensa, por Johannes Gutemberg, em 1440.  

Linha do tempo com os principais acontecimentos que acarretaram a forma do jornal atual.

História (123 a.C. – 1808) 

      A invenção do papel – de fibras vegetais – está datada em 123 a.C., na China, por Cai Lun. A técnica da produção desse papel foi mantida em segredo por cerca de meio século, sendo revelada anos depois, aos europeus, após a vitória árabe sobre os chineses em Samarcanda, em 751 d.C..

     Anos mais tarde, em 1440, Johannes Gutemberg cria a prensa, um dos maiores saltos tecnológicos na história do jornalismo, afinal, até então, livros e outras obras literárias eram feitas exclusivamente a mão. A invenção da prensa tornou a reprodução dessas obras mais rápida, ampla e barata.

      O primeiro livro a ser impresso na prensa em larga escala – pelo próprio Gutemberg – foi a Bíblia, durante o período de 1450 à 1455. Disso, então, surgiu o jornal impresso; entretanto, o primeiro jornal foi criado 150 anos depois, em Antuérpia, na Bélgica: o "Nieuwe Tijdinghen", que publicava acontecimentos semanalmente. Esse modelo foi seguido por jornais alemães e, mais tarde, pelos ingleses. Alguns anos depois, em 1641, surgiu, então, o primeiro jornal da língua portuguesa, "A Gazeta da Restauração", em Lisboa, Portugal.

      No Brasil, os jornais chegaram apenas em 1808, quase 200 anos depois do primeiro jornal surgir, além de que um deles, o "Correio Braziliense" era produzido em Londres, uma vez ao mês e tinha cerca de 150 páginas, trazendo, em sua grande parte, notícias revolucionárias e direcionado a poucas pessoas. "A Gazeta do Rio de Janeiro", o primeiro jornal brasileiro, retratava notícias restritas à Família Real e foi também considerado um diário oficial da Coroa.

Atualmente 

      O jornal impresso, infelizmente, tem perdido forças nos dias de hoje. Com a popularização e fácil acesso à internet, além da incrível velocidade de atualização das notícias, compartilhar acontecimentos online tem se tornado muito mais eficiente do que no papel, além de ser mais ecológico. Em contraponto, a propagação de informações tem se tornado um problema exponencial, uma vez que grande parte da população não vai em busca da veracidade destas, compartilhando, muitas vezes, falsas notícias, o que pode levar, como consequência, a prisão dos autores das denúncias errôneas.

Opinião

por João Paulo Dorneles

       Nesse mundo de novas tecnologias e democratização da notícia, como irá se dar o trabalho e a importância do jornalista? Hoje em dia, as redes sociais e a comunicação em tempo real já tratam de espalhar os acontecimentos diários aos quatro cantos do mundo em questão de segundos, furando todo e qualquer esforço jornalístico. Muitas vezes, o que lemos nos jornais, já não é novidade.

      É evidente que é papel do jornalista se adaptar as novas formas de comunicação, afim de exercer a sua função. Mas, o que diferenciaria ele dos demais cidadãos comuns que também podem propagar fatos ou boatos instantaneamente? Acredito que o verdadeiro jornalismo, dentro de pouco tempo, irá se basear na especialização da abordagem e reportagem dos fatos. O jornalista servirá como um filtro de notícias, apresentando informações corretas, aprofundadas, de caráter não só interpretativo, mas como opinativo, também.

Fontes

http://midiatecaunivali.files.wordpress.com/2012/06/prensa-gutenberg-4.jpg

http://www.miniweb.com.br/historia/Artigos/i_antiga/invencao_papel.html

http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=807659

Texto e imagens por Joana Berwanger