O
Museu da Comunicação Hipólito José da Costa foi inaugurado em
meio à ditadura militar brasileira,
em 1974, no centro da capital gaúcha, graças aos esforços da
Associação
Rio-Grandense de Imprensa (ARI). Na metade do século passado, a
associação, representada por Alberto André e Sérgio
Dillenburg, acabou por concluir que as publicações periódicas são
fonte de informação e de pesquisa tão importantes quanto os livros
e documentos preservados até então. Logo, viram a necessidade da
criação de um espaço que abrigasse conteúdo de comunicação para
o benefício da comunidade.
Com a função de
preservar a memória dos meios de comunicação no Rio Grande do
Sul, o órgão está instalado em prédio que por si só já guarda
muitas histórias. Em 9122, foi construído para sediar o jornal
republicano “A Federação”, fazendo parte da trajetória
política e cultural da cidade. Atualmente, o edifício é um
patrimônio histórico do Estado.
O museu foi batizado em homenagem ao
patrono do jornalismo brasileiro, Hipólito José da Costa, cujo
trabalho permitiu que o Brasil – na época, uma colônia recém
transformada em nova casa da família real portuguesa – tivesse uma
de suas primeiras publicações que não exaltasse, apenas, os
interesses da corte.
De
acordo com um dos funcionários da instituição Beto Costa Leite “a
instituição reúne cerca de três mil títulos de jornais, sendo
700 considerados raros”. Entre esses títulos, o museu conta com
vários exemplares como da Zero Hora, do O Globo e outros, desde suas
primeiras publicações. Em alguns destes, podemos encontrar,
especialmente no jornal “A Federação”, reportagens de 1914 a
1918, com relatos sobre a situação europeia em meio a grande guerra
em que lá ocorria, mas, infelizmente, sem imagens.
Há,
também, o acervo da imagem e som, abrigando fotografia, cinema,
rádio, televisão e vídeo. Também preserva consideráveis dados à
respeito da publicidade e propaganda, por meio, principalmente, de
peças gráficas, e exibe objetos e equipamentos que retratam a
evolução tecnológica na área da Comunicação Social.
Texto por Giovana Fleck
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